Construindo Pontes: Reflexões sobre a Oração de São Francisco e a Conviver Harmônica
Recentemente, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, destacou a importância de “recivilizar” o país por meio de diálogos construtivos que permitam a convivência entre diferentes ideologias, sem mudar as posições de cada um. Essa proposta, embora atraente, levanta questionamentos sobre a efetividade realmente das “pontes” que está a se construir. Se essas conexões não forem autênticas, poderão se transformar em meros corredores unilaterais que exigem alucinações de concordância em um único sentido. Ao observar a relação do STF com a sociedade, é evidente que o fortalecimento dos laços verdadeiros deve ser buscado, e não apenas a manutenção da aparência de união. Um dos caminhos é inspirar-se na oração de São Francisco, que nos chama a ser instrumentos de paz, amor e esperança. É imprescindível que as palavras dessa oração se transformem em ações genuínas no cotidiano. A caridade e a compreensão devem ser praticadas ativamente, lembrando que ações falam mais alto do que palavras. Ao refletir sobre quem representa nosso “leproso” na sociedade — a quem consideramos como oposto ou repulsivo —, somos desafiados a buscar empatia e conexão, mesmo diante de ideologias divergentes. Somente assim, poderemos realmente construir pontes que sustentem um diálogo frutífero e uma convivência pacífica.