Enfermeira Cristã é Condenada à Morte no Paquistão por Blasfêmia: Uma Análise do Caso Shagufta Kiran

Um tribunal no Paquistão impôs uma condenação à pena de morte a Shagufta Kiran, uma enfermeira cristã de 40 anos, sob a acusação de ter feito comentários desfavoráveis sobre o profeta Maomé em um grupo de WhatsApp. Mãe de quatro filhos, Kiran foi presa em julho de 2021, e sua sentença foi anunciada em 18 de outubro por um juiz conhecido por sua rigidez em casos de blasfêmia. O advogado de defesa, Rana Abdul Hameed, contestou a veracidade das acusações, afirmando que o julgamento foi marcado por preconceitos e careceu de uma análise adequada das evidências. Ele questionou a lógica da acusação, dada a perigosa situação de quem critica abertamente figuras religiosas no país. A entidade que acompanha o caso de Kiran planeja um recurso no Tribunal Superior de Islamabad. A legislação de blasfêmia no Paquistão, que remonta à era colonial britânica e foi severamente penalizada na década de 1980, continua sendo uma ferramenta controversa, frequentemente utilizada para razões pessoais e para oprimir minorias, particularmente os cristãos. Este caso ressalta as tensões que envolvem a liberdade de expressão e a prática religiosa no contexto global atual.