O Bobo da Corte e o Teatro Político Brasileiro: Uma Análise Crítica

Na infância, um dos grandes prazeres era assistir ao Programa dos Trapalhões e rir das trapalhadas de Didi Mocó. O que seguia entre risos e a realidade da vida em um pequeno apartamento, com uma biblioteca modesta, moldou minha apreciação pela literatura. Didi, assim como o Bobo de Rey Lear, representa uma verdade que poucos reconhecem. Essa dualidade ressoa na política, especialmente ao considerarmos figuras como Pablo Marçal, que, como um verdadeiro bobo, desafia a narrativa estabelecida nas eleições paulistanas. Num cenário repleto de candidatos da velha esquerda e apoiado pelo establishment, Marçal se torna uma ameaça a uma encenação cuidadosamente orquestrada, revelando a verdade escondida sob camadas de encenações políticas. Assim como os personagens de Shakespeare e Tolstói, ele expõe a hipocrisia do sistema. Hoje, sua presença é um lembrete de que a verdade, embora possa ser incompreendida, sempre encontrará um caminho para a luz.