A Vigilância do Estado Policial: Mecanismos e Consequências da Repressão

Um Estado policial é caracterizado pela vigilância constante do governo sobre seus cidadãos, usando essa supervisão como ferramenta para silenciar a oposição e reprimir críticas. Esses Estados muitas vezes justificam suas ações alegando a necessidade de proteger a democracia e o Estado de Direito, enquanto, na verdade, as liberdades fundamentais são severamente restringidas. A literatura especializada aponta que, em tais sistemas, o Judiciário se torna um instrumento político, aplicando a lei de maneira arbitrária para beneficiar o governo e ignorar garantias legais básicas como o direito a um julgamento justo.
Além disso, um dos pilares do Estado policial é a promoção de uma cultura de obediência cega, onde questionar as ações do governo é visto como uma ameaça. Os cidadãos são incentivados a delatar uns aos outros, criando um ambiente de medo. O controle da mídia e das redes sociais é essencial, pois limita o acesso do público a informações alternativas e mantém a narrativa oficial. Em muitos casos, a grande mídia pode se alinhar ao governo em troca de benefícios financeiros ou por compartilharem a mesma ideologia.
Esse alinhamento resulta na autocensura, onde tanto jornalistas quanto cidadãos evitam comentar ou contestar o governo por medo de retaliações. Em contextos de crise, as medidas repressivas são apresentadas como temporárias, mas com o tempo se tornam permanentes. A aliança entre a mídia e o Estado policial legitima ações repressivas, silenciando críticos e criando uma narrativa que esconde a realidade. Embora esse fenômeno seja visível em diversos regimes autoritários, no Brasil, por enquanto, essas práticas não estão em voga.