Dólar recua e mercado brasileiro reage a estímulos da China e decisões do Copom

Nesta terça-feira, 24, o dólar caiu para R$ 5,46, enquanto os investidores avaliavam as novas indicações do Banco Central sobre possíveis aumentos na taxa Selic. A ata do Copom se contrapõe ao cenário nos EUA, onde o Federal Reserve pode estar amenizando sua política monetária. Isso resulta em um diferencial de taxas que tem atraído investimentos para o Brasil, aliviando a pressão sobre o real. Contudo, as preocupações com a sustentabilidade do crescimento econômico permanecem, especialmente devido às medidas fiscais do governo, como o descongelamento de recursos do orçamento federal, que levantam questionamentos sobre o controle de gastos públicos.
Apesar disso, o Ibovespa subiu, alcançando 132 mil pontos, revertendo uma sequência de quedas. A alta foi impulsionada pela valorização das commodities, favorecida por um significativo pacote de estímulos econômicos anunciado pela China, que visa combater a deflação e reaquecer sua economia. O aumento nos preços de commodities, como o minério de ferro, beneficiou grandes empresas brasileiras como Vale, CSN e Gerdau. O setor de petróleo também se beneficiou, com a Petrobras e outras ações subindo devido a um otimismo renovado sobre a demanda global.
Além disso, as ações da JBS tiveram um desempenho positivo após a empresa anunciar um robusto plano de recompra de ações, sinalizando confiança em sua capacidade de gerar valor a longo prazo. A ata do Copom mantém um tom hawkish, indicando a probabilidade de novos aumentos na taxa de juros em resposta a uma inflação ainda acima da meta, enfatizando a necessidade de acompanhar a trajetória dos preços.