Governos Britânicos e a Criação de Zonas de Proteção: Implicações sobre a Liberdade e o Aborto
Em 18 de setembro, o governo trabalhista do Reino Unido anunciou que as zonas de proteção nacionais, conforme estabelecido pela Lei de Ordem Pública, começarão a vigorar em duas fases: a primeira em 24 de setembro para a Escócia e a Irlanda do Norte, e a segunda em 31 de outubro para a Inglaterra e Gales. Essas zonas visam coibir qualquer tentativa de oferecer alternativas ao aborto, tratando como criminosa a oração silenciosa ou qualquer forma de apoio direcionado a mulheres grávidas. Essa medida acontece um ano após a aprovação da Ley de Ordem Pública e em um clima de crescente oposição pública às práticas da polícia, que têm sido comparadas a uma ‘polícia do pensamento’. As novas regras eliminam diretrizes anteriores que permitiam alguma forma de comunicação consensual, levantando preocupações sobre a restrição das liberdades civis e a proteção dos direitos humanos. Com a nova legislação, qualquer ação que seja considerada como influência na decisão de uma mulher de optar pelo aborto poderá resultar em pesadas multas. As figuras do governo justificam estas medidas como uma forma de proteger as mulheres e garantir que não haja constrangimento na busca por serviços de saúde, mas críticos apontam que isso pode resultar em uma cultura de silenciamento e censura, prejudicando alternativas ao aborto e limitando o apoio às mulheres em situações difíceis.