Michael Kovrig Revela Tortura Psicológica Durante Detenção na China

O canadense Michael Kovrig, que passou mais de 1.000 dias preso na China sob a acusação de espionagem, fez denúncias alarmantes sobre seu tratamento nas prisões chinesas. Durante uma entrevista à CBC, Kovrig revelou que enfrentou ‘tortura psicológica’, incluindo meses em confinamento solitário e longas horas de interrogatório diariamente. Ele destacou que a prática de confinamento por mais de 15 dias é considerada uma violação dos direitos humanos, e ele permaneceu em tais condições por quase seis meses.
Após ser transferido para um centro de detenção onde compartilhou uma cela com outros detentos, Kovrig descreveu sua experiência como uma transição do ‘inferno para o purgatório’, devido à possibilidade de ver a luz do dia. Em resposta, as autoridades chinesas negaram as alegações, insistindo que Kovrig cometeu um crime. O caso de Kovrig e seu colega Michael Spavor, que enfrentaram acusações semelhantes, é visto como um exemplo de ‘diplomacia de reféns’ após a detenção de Meng Wanzhou no Canadá. Durante sua prisão, Kovrig foi algemado e vendado, e se recorda do momento aterrador em que foi levado por homens mascarados após um jantar em Pequim com sua parceira grávida. Sua experiência levanta questões sérias sobre o tratamento de prisioneiros e a aplicação das normas internacionais de direitos humanos na China.